"Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente, infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional."







domingo, 24 de março de 2013

Eu não sei de nada.

Pega no celular. Silencioso. 12:42. Domingo. Chovendo. Mente confusa.
Alguns sonhos desabrochando no pé que deixei ao sol.
A ansiedade não me deixa em paz.
Deu vontade de esquecer algumas coisas e viver só por mim e pra mim.
Esquecer as cartas, as músicas, e regar o pé. Todo dia.
Porque no fundo...
A vida é isso: Vários pés de alguma coisa que sonhamos e devemos regar.
Porque mesmo que desabrochado, outros pés precisam ser plantados para que verdadeiramente possamos compreender o sentido de viver. Lógico, também é amar, mas o que seria o amor sem sonhos?
Todo amado faz planos e sonhos.

As vezes me sinto abandonada, mais sozinha que acompanhada. Acho que todo ser humano passa por isso uma vez na vida ou algumas.
Me sinto sentada na calçada sozinha esperando uma carona. Muitas vezes não sei se virá, mas ainda nasce uma esperança.
Sinto que serei traída a qualquer momento por qualquer pessoa. Isso é um defeito.
Queria sair, e voltar só quando quisesse. Ver o por do sol em um lugar inusitado. Só minha câmera e eu. Mais ninguém.
As pessoas são decepcionantes. As vezes nos dedicamos, e o erro é esperar receber melhor do que fizemos e na verdade, recebemos nada. Recebemos o melhor de nada. E o que é melhor que nada? Qualquer coisa que não seja nada.
Essa coisa de ter um laço com alguém as vezes é cansativo. Desculpa mas é. A crueldade que o ciumes tem no nosso interior é monstruosa. São vozes pequeninas, as vezes até engraçadas olhando de fora inventando coisas que não estão acontecendo. Pior quando estão e você não acredita. É tão trágico que é capaz de me fazer sentar na calçada sozinha novamente e dessa vez sentir que não virá ninguém pra me acolher, que eu vou acabar na calçada sozinha enquanto quem dirige bota outra pessoa no banco do carona. Me faz pensar: "E eu? Será que ele me viu aqui sozinha?"

Todo fim de tarde, chego a conclusão que a vida é uma música.
As vezes o melhor a fazer é deixar a musica tocar, tentar não sair do ritmo e se sair, voltar e consertar o erro. Ver se as notas estão certas e deixar a melodia fluir. A vida é assim... é como compor uma música:
No inicio você não sabe de nada, não sabe o que irá escrever e nem qual sentimento será, mas quando vai ver, já fez coisas surpreendentes. Algumas pessoas vão até chorar.

Vamos compor nossa música! Cada um cria uma. Não precisa nem de melodia. O que importa é o que você escreverá no papel, os seus sentimentos, suas idéias. Os instrumentos vem depois, eles são complementos. É como dançar sozinho, você pode imaginar qualquer música. A vida é uma loucura mesmo. Podemos até dançar sozinhos mas temos medo que acharão.

Eu queria compor minha música e até mesmo dançar sozinha. Escrever sobre meus pensamentos, falar da árvore de sonhos que todos devemos plantar. Só queria que não aparecesse ninguém no meu piano pra dizer que de mim não há nada interessante pra escrever.


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